
Categorias de base:
Em
junho de
2006, com apenas dezesseis anos de idade, Pato foi escalado pelo
Internacional para disputar o Campeonato Brasileiro sub-20
[1], contra adversários até quatro anos mais velhos. Mesmo assim, foi artilheiro da competição com sete gols e sagrou-se campeão vencendo na final o rival
Grêmio por 4 a 0.
Preparado para ingressar na equipe principal do Inter em
novembro de
2006, sua estréia foi cercada de expectativas, treinos secretos e declarações entusiasmadas de dirigentes, que viam nele a promessa de um craque diferenciado.
Estréia profissional:
Quando finalmente estreou
[2], dia
26 de novembro no
Parque Antartica, contra o
Palmeiras pelo
Campeonato Brasileiro de 2006, Alexandre Pato confirmou com sobras o que dele se esperava, ao marcar seu primeiro gol como profissional com apenas um minuto de jogo. No restante da partida, deu dribles desconcertantes nos marcadores, deu assistências para mais dois gols, cabeceou uma bola na trave e comandou a goleada do Internacional por 4 a 1, tudo isso no estádio do adversário.
Mundial de clubes:
Resguardado para o
Campeonato Mundial de Clubes, que o
Inter disputaria em seguida, Pato chegou ao
Japão com dezessete anos e tendo jogado uma única partida como profissional.
Em seu segundo jogo
[3], dia
13 de dezembro de
2006, na semifinal do
Mundial de Clubes da FIFA, Pato quebrou um recorde que era de
Pelé há quase cinqüenta anos. Ao abrir o placar de
Internacional 2 a 1
Al-Ahly, Pato tornou-se o mais jovem jogador a marcar gols numa competição oficial (e sem restrições de idade) da
FIFA em todos os tempos. Naquele momento, Pato estava com dezessete anos e cento e dois dias (17 anos e 102 dias). O recorde anterior era de
Pelé, que no dia
19 de junho de
1958, ao anotar o único gol de
Brasil 1 a 0
País de Gales, tinha dezessete anos e duzentos e trinta e nove dias (17 anos e 239 dias).
No jogo seguinte
[4], dia
17 de dezembro, na vitória de 1 a 0 sobre o
Barcelona, Pato pela primeira vez não fez gol, mas em compensação tornou-se Campeão Mundial de Clubes
FIFA pelo
Internacional.
Seleção brasileira:
Convocado para o
Sul-americano sub-20, Alexandre Pato estreou na Seleção Brasileira de base no jogo
[5] contra o
Chile, dia
7 de janeiro de
2007: tendo entrado em campo no segundo tempo, em menos de trinta minutos com a camisa verde-amarela Pato fez dois gols, ajudando o
Brasil a vencer por 4 a 2.
Na seqüência do torneio, mesmo não jogando a partida final contra a
Colômbia (suspenso pelo segundo cartão amarelo), Pato foi o artilheiro da seleção com cinco gols, ajudando o Brasil a sagrar-se Campeão Sul-americano Sub-20 e garantir a vaga para as
Olimpíadas 2008.
Em
julho de
2007, no
Mundial da categoria, Pato voltou a fazer parte da seleção brasileira. O Brasil foi mal na competição, sendo eliminado pela
Espanha nas Oitavas de final
[6], mas Pato novamente foi o artilheiro da seleção, com três gols.
Em
22 de janeiro de
2008 recebeu sua primeira convocação a
seleção principal, para um amistoso contra a
Seleção da Irlanda. Por uma torção no tornozelo esquerdo no jogo do Milan contra a
Fiorentina, Pato acabou sendo cortado
[7].
Pato estreou pela seleção principal, no dia
26 de março de
2008, contra a
Suécia, entrando no decorrer do segundo tempo, marcando ainda, o gol da vitória por 1 a 0
[8].
Temporada 2007:
Pelo
Internacional, em
2007, Pato participou de quatro competições, sagrando-se Campeão da
Recopa Sul-Americana e marcando gols em todos os seus jogos de estréia em cada certame.
Estreou no
Campeonato Gáucho no dia
24 de fevereiro, contra o
Veranópolis e fez um gol na vitória por 2 a 1. Estreou na
Libertadores em
28 de Fevereiro, contra o
Emelec (também seu primeiro jogo no
Beira-Rio) e fez um gol na goleada de 3 a 0. Estreou no
Brasileiro dia
13 de maio, contra o
Botafogo, e fez um gol na derrota por 3 a 2. Estreou na
Recopa dia
31 de maio, contra o
Pachuca, e fez um gol na derrota por 2 a 1.
Finalmente, no dia
7 de junho de
2007, no jogo de volta
[9] da Recopa, num
Beira-Rio tomado por mais de Cinqüenta e um mil colorados, Pato teve uma atuação de luxo, marcou um gol e comandou a goleada de 4 a 0 do
Internacional sobre o
campeão do
México, da
Copa Sul-Americana e da
Concacaf.
No Milan: Pato recebeu a camisa
número 7, que pertencia a
Andriy Shevchenko, antigo ídolo do clube.
Pato teve seu primeiro jogo com a camisa do Milan, em um amistoso contra o
Dínamo de Kiev, no dia
6 de setembro de
2007, marcando o primeiro gol milano, no empate em 2 a 2, tendo ainda uma boa atuação durante a partida
[10].
Seu segundo jogo com a camisa milana, foi em um empate sem gols, contra o
Athletic Bilbao, tendo boa atuação durante o primeiro tempo, mas sendo substituído no intervalo
[11].
Em sua estréia oficial pelo Milan no dia
13 de janeiro de
2008, na vitória de 5 a 2 sobre o
Napoli, Pato teve ótima atuação durante a partida, marcando ainda o último gol do Milan, ao se livrar do
zagueiro e tocar por baixo de
Iezzo. Na comemoração, Pato foi muito festejado pelos companheiros e, com lágrimas nos olhos, beijou o escudo do Milan. Teve ainda seu nome ovacionado pela
torcida, que gritava: "Olê, olê, Pato, Pato!!", por conta de uma bola que escapou de seu
domínio[12].
No jogo contra a
Fiorentina, no dia
3 de fevereiro, Pato entrou no segundo tempo, marcando aos 31 minutos, após receber cruzamento de
Kaká, o gol da vitória. Aos quarenta e três, ao tentar cortar uma jogada, Pato torceu o
tornozelo esquerdo e saiu chorando de campo
[13].
Curiosidades:
Apesar de ídolo colorado, e de jogar desde os onze anos de idade nas categorias de base do
Inter, Pato dos sete aos nove anos jogou futebol de salão pelo Grêmio Industrial Patobranquense, que carrega as mesmas cores do
Grêmio, eterno rival do
Internacional.
Pelo valor de 20 milhões de dólares, a transferência de Alexandre Pato ao
Milan é a terceira maior da história do
futebol brasileiro, só sendo superada pela ida de
Denílson para o
Real Betis em
1998 (40,5 milhões de dólares) e de
Robinho para o
Real Madrid em
2005 (30 milhões de dólares). Além disso, a venda do Pato é a mais alta realizada pelo
Internacional até hoje, superando a transferência de
Fábio Rochemback ao
Barcelona em
2001 por 12 milhões de dólares.